Tornar as coisas simples é a coisa mais acessível e desafiadora nesses tempos. Não mais com tanta frequência, não mais com a mesma força da identidade, mas dúvidas ainda surgem. E surgem naqueles momentos em que penso mais do que existo.
Ah, esse centro de poder chamado Mente, tão maravilhoso e tão velho. Cheio de pensamentos sobre conspirações, epidemias, governos, dúvidas... Com aqueles mesmos pensamentos que insistem em perguntar se as coisas estão funcionando, se a iluminação está acontecendo e coisas do tipo.
Quantas vezes, nos meus sonhos mais delirantes, realizei feitos heroicos ou aconselhei os outros sobre o futuro, sob o pretexto de mostrar-lhes o melhor caminho, quando eu nem mesmo sabia em que parte da minha jornada eu estava (se é que havia alguma a percorrer). Era o modo que eu via um Mestre no exercício do Poder.
Quando aliamos nossa confiança ao que vem de fora, estamos nos sustentando no poder. E as nossas partes que ainda insistem em trabalhar com ele sentem pânico, medo e acusam os outros de utilizarem esse poder contra nós quando, na verdade, também estamos trabalhando com ele.
O planeta pode estar passando por muitas coisas desafiadoras, mas é apenas as energias do poder se conflitando com o Novo.
Estamos vivendo um momento de celebrar e confiar apenas em nós mesmos, no equilíbrio da nossa própria respiração. Ponderar, analisar, argumentar, apreciar ou qualquer outra coisa que não seja a honra da simples aceitação só tenderá a nos puxar ainda mais para as distrações do senso comum.
Um Mestre não precisa do poder, porque sabe que permanecer ligado a ele é se distrair.
(LH)
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