Os Sentidos
nas Receitas
Um dia desses, tive vontade de fazer uma omelete para o almoço. Quando estava na cozinha, sugiram-me dúvidas de como deveria ser feita: com ou sem farinha de trigo, com leite ou não...
Parei por um momento e percebi que estava tendo a minha primeira dúvida do dia (ou talvez a primeira que estava tendo consciência). Uma dúvida baseada na minha crença sobre erro e acerto, de que devo seguir uma “receita” para que dê tudo certo, para que fique “assim ou assado”...
São inúmeras as crenças nossas de cada dia que paralisam nossas criações autênticas, as genuínas paixões. Saímos buscando receitas, importando tendências, previsões, orientações, conselhos, frases “positivas” e buscando todo o tipo de “gurus” que, provavelmente, nem sequer sentiram ou experienciaram o que propagam. É aí que a nossa criatividade deixa de ser “clara em neve”. E até para criar uma simples omelete vamos precisar de receita.
Somos Criadores. Criamos abundância, escassez, compaixão, inveja... E omeletes. Não importa o que seja, todos nós, em algum nível, criamos. Bons ou maus criadores? Depende do que acreditamos que seja “bom” ou “mau”.
Ao liberarmos uma crença, por mais insignificante que possa parecer, movimentamos muita energia na nossa vida. Ao liberar uma pequena sílaba da “dú-vida”... Ela se transforma em VIDA (e também em omelete!). 😉
(Trecho do texto "Crenças Nossas de Cada Dia" do livro Shaumbrando)