Você já parou para observar que grande parte das coisas que fazemos em nossas vidas é baseada no medo? Eu escovo os dentes, na maioria das vezes, com medo de ter cáries. Ah, quantas vezes eu tive preguiça de escovar os dentes (eu, formada em Odontologia!), mas me levantei da cama para escovar os dentes. E, quando assim não se faz, fica o medo...
Quantas vezes estamos correndo logo que acordamos. Mal levantamos da cama e contemplamos as várias atividades a serem cumpridas ao longo do dia. Mesmo que sejam poucas, temos o hábito de corrermos apressados contra o tempo, que parece diminuir a cada dia. E arranjamos mais e mais atividades para cuidar do físico, do psicológico, do profissional, para cuidar dos outros...
Muitos dizem: “talvez se o dia fosse mais do que 24 horas, ainda assim não teria tempo suficiente para fazer tudo o que eu quero!”. Sim, realmente, a falta de tempo está baseada no medo de não ter tempo! E isso sem contar com as questões financeiras e econômicas que envolvem todo o mundo.
Como uma hipnose que se torna cada vez mais influenciadora, reclamamos da falta de dinheiro ou de não ter um pouco mais para o lazer e para o dito “supérfluo”. As contas se mantêm no vermelho e, quanto mais buscamos resolver o problema financeiro através de empréstimos e ajudas de terceiros, a situação fica mais e mais crítica. Assim acontece porque estamos vivendo baseados na falta - seguindo o mesmo padrão - e no medo.
Claro, muitos de nós já passamos por tanto “sufoco” e acreditamos que este medo é como uma forma de prevenção para não passarmos novamente pelos mesmos problemas. Mas, na verdade, estamos tão mergulhados nas energias e nas situações que nos fizeram sofrer, que agimos com medo de nossas próprias ações, de nossas próprias vidas.
E se, em vez de agirmos com medo, agíssemos com prazer? Ah, eu poderia confiar em meu corpo e escovar os dentes não apenas por causa do medo de adoecer. Eu poderia permanecer na cama confortavelmente sem ter que me levantar para cuidar de mim mesma como uma obrigação. Aliás, quantas vezes cuidamos de nós mesmos mais com obrigação do que com prazer!
Desde o tempo em que começamos a estar aqui incorporados na Terra, experimentamos este misto de medo e falta de aceitação pelo próprio corpo. E falta de autoconfiança. E se pudéssemos experimentar, pelo menos por um dia, como seria não viver com medo do tempo, do próprio corpo, do dinheiro? Com medo da violência e da crise mundial? Certamente seria uma experiência bastante prazerosa, leve... E, assim, poderíamos mudar toda a nossa realidade.
A nossa realidade é o reflexo das coisas que acreditamos. As nossas crenças são como um "ímã" que atrai as energias que usamos para criar as situações em nossas vidas. O medo (de ficar doente, de ser assaltado, de não ter dinheiro...) é apenas uma energia. Mas é uma energia limitada, não expansiva.
Quando vivemos com medo é como se usássemos uma matéria-prima pobre e escassa para criar algo que poderia ser bem maior e mais expandido. Quando liberamos o medo, podemos explorar potenciais, energias bem mais expandidas; podemos perceber que a abundância (de dinheiro, de saúde, de amor...) está facilmente disponível.
Você já sentiu vontade de experimentar ir além dos medos que sente? Como seria se você fosse além deles? E o que você escolhe: uma vida estressante ou prazerosa? O medo ou a autoconfiança?
(Aline Bitencourt)
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