Depois dos dias intensos de abril*, pelos quais muitos de nós passamos, sinto mudanças em mim mesmo e nas energias ao meu redor. Foi um vendaval silencioso que continua a desarrumar uma ordem ilusória que eu ainda tento manter sobre mim e sobre como a vida deve ser para que eu me sinta seguro e confortável. Mas, agora, escolho não tentar colocar as coisas em ordem, apesar do medo que tive (e tenho!) de ser levado pelo vento forte.
Depois da primeira semana de maio, quando o vendaval passou, foi um alívio. Apesar da aparente desorganização, voltei a respirar fundo para observar e abençoar o panorama que se transformou. Talvez faça alguns movimentos em outro momento, mas estou respirando não fazer nada por enquanto.
E o “não fazer nada” é bem desafiante. Significa, para mim, continuar seguindo as minhas paixões, em vez de fazer as coisas mecanicamente, tentando consertar algo ou querendo estabelecer um padrão de segurança qualquer. Sinto que isso é o apropriado, neste momento, para não voltar ao antigo padrão de controle, tentando resolver as situações que não precisam ser resolvidas, mas simplesmente liberadas.
Um aspecto controlador, ao mesmo tempo, fica tentando encontrar alternativas para colocar as coisas em ordem e persistir nas velhas batalhas da sobrevivência. E eu que sempre gostei de causas para lutar...
Mas, no fundo, sinto que os movimentos que porventura ainda tento fazer para melhorar antigos modos de vida são apenas tentativas de mudar a maneira como o meu controle é expresso. E o controle continuará aqui. Graça e facilidade não advêm de controles, mas da minha permissão.
Está sendo desafiante viver em um mundo em que muitos ainda dormem! Em especial nessa época conturbada de Copa do Mundo e de eleições aqui no Brasil. Tudo em ebulição ao mesmo tempo! Mesmo que já compreenda que tudo o que acontecer no país e no mundo está muito relacionado com a consciência de massa, isso não significa que eu esteja num alto de uma montanha apenas respirando, alheio a tudo que está acontecendo.
Não fico “em cima do muro”, mas Por Trás da Mureta. Sei que não é mais sobre mim, mas sobre os jogos de quem ainda se alimenta de poder. Mas também compreendo que não preciso mais negar as minhas sombras, meus aspectos que ainda se indignam ou perdem a paciência com os que estão dormindo. Portanto, paro e respiro o Saber dentro de mim para sentir a tão preciosa frase: "Tudo Está Bem em Toda a Criação".
(LH)
* Especialmente no mês de abril de 2014, houve grande quantidade de novas energias disponíveis, chegando e se movimentando no planeta, como nunca antes visto. E muitos sentiram essas energias intensas fisicamente e em nível de consciência.
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