“Tudo Está Bem em Toda a Criação", "É Tudo Apropriado", "Não Importa!"... São expressões que podem ser meras palavras. Mas, quando as vivenciamos, são maneiras de expressar a simplicidade do nosso existir.
O paradoxo entre a expansão da consciência e a alienação, atualmente, está em níveis nunca vistos antes. E parece causar uma sensação de confusão, de caos em cada um de nós.
A compreensão de que a comunicação verbal está sendo dispensável nesses tempos é muito clara para mim. Não há o que falar mais, nem o que ouvir mais. A sensação é de que tudo já foi dito.
Quem se proporcionar um pouco de silêncio, por um momento que seja, poderá perceber que o barulho que ouvimos não é nosso. Não pertence mais a nós. Mesmo que a mente queira informações no meio dessa confusão, procurando um pouco de lógica a partir dos velhos modos e das velhas identidades, ela já não consegue mais estar no velho comando.
Vejo pessoas querendo mudanças, mas não me engano. Muitas delas querem mudanças apenas suficientes. Mudar de uma maneira suficiente é estar um pouco melhor, mas permanecer dentro da consciência de massa, vivendo no senso comum. Eu não quero o suficiente!
Não há como agir igual a todo mundo mais. Honro o desejo das pessoas. Mas não escolho participar de toda essa transformação mundial com “agenda”. Esperar resultados específicos do mundo e da humanidade é permanecer distraído. E, de certa forma, também estou me distraindo. Por medo de abrir os dois olhos e, provavelmente, deixar muitos queridos de “olhos fechados” para trás.
Além disso, posso estar com medo de abrir os dois olhos e me deparar com um mundo decrépito, insustentavelmente habitável. Mas já sei que tudo isso são ilusões de uma mente complexa e de pensamentos temerosos da consciência de massa. O Espaço Seguro está em mim. Eu Estou em mim!
Ouço minha mente e pensamentos me dizerem que preciso fazer alguma coisa, mas chega de revolução! Não pretendo mais ser "sustentador de energias" na intenção de abrir os olhos das pessoas. Quero apenas abrir meus próprios olhos. Querer abrir os olhos de quem quer permanecer com eles fechados é falta de compaixão e desonra.
(LH)