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Celebro


Celebro não negociar comigo mesmo.

Celebro não negociar comigo mesmo nem me comprometer com o que está lá fora. E, mesmo que eu ainda sinta o peso das “velhas programações”, vou dando um tempo das agendas...


Da agenda que diz que eu devo estar acompanhado, da que diz que eu devo ficar sozinho... Da agenda do verbo, do silêncio... Agendas que organizam as sombras do mundo e que se confundem com minhas próprias sombras. Não é sobre mim.


Estou no tempo do sagrado e do profano. Estou nos “padrões” e, ao mesmo tempo, vou me liberando deles. Estou na dualidade, mas já compreendo que não sou mais uma de suas vítimas. Afinal, não importa como estou, mas como Sou.


Tenho consciência de aspectos que eu rejeito, mas sei que não preciso mais analisá-los. Ufa! Também não preciso de lutas e de causas, mesmo que ainda participe de algumas delas. Sim, ainda me pego querendo consertar e remendar a “realidade”.


Ainda não estou só um observador do mundo, visto que tenho modos quixotescos, daqueles que querem derrubar hipócritas e hipocrisias. Quanta ilusão, meu caro Shaumbra!


Enquanto isso, não há nada que eu precise entender, além de que são apenas as mudanças que pedi que estão ocorrendo... A vida vai me desnudando sem ensaios. É amor, criatividade, improviso... O amor nada mais é do que consciência. E estar consciente dentro de um corpo humano não tem preço.


Celebro!


(LH)




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