Ontem, ao "respirar" novos potenciais para mim, percebi que, muitas vezes, tenho feito escolhas a partir de velhos padrões disfarçados de novos. Escolher assim é como ver a linha do horizonte a partir de uma fresta da janela, sem se dar conta de que há uma imensidão de mar além dessa janela.
É como ter a oportunidade de se mudar para uma “casa” sensacional, mas preferir apenas fazer alguns reparos nas goteiras e fazer alguns ajustes improvisados na “velha casa”. É como enxergar uma parte do Todo, contemplando possibilidades limitadas.
Um velho padrão se disfarça de novo pela crença no “apenas o suficiente”, por acreditarmos que não podemos “sonhar alto”. Crenças relacionadas à humildade nos mantêm apegados ao que já temos (ou, até mesmo, apegados ao que não temos!).
Apegos às velhas maneiras de se comportar, apegos às nossas raivas, à nossa identidade, às nossas manias. E esses apegos são como sombras na fresta da janela, que impedem, ainda mais, de ver com clareza o horizonte ilimitado.
Se queremos mudar a nossa vida, criar algo Novo, e ainda nos expressamos através dos nossos velhos padrões, experienciamos criações limitadas. Porque até mudamos o contexto, as pessoas, as situações, mas não nos permitimos mudar realmente.
Novos e infinitos potenciais estão à nossa disposição, além da fresta da janela, quando nos permitimos liberar as velhas preocupações e as mesmas maneiras de agir. Quando me percebi repetindo os velhos padrões, respirei fundo e dei risada comigo mesma. Não precisa ser mais assim!
(Aline Bitencourt)
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