Notícias chegam aos ouvidos, até mesmo de quem não está procurando saber de nada. É difícil não se deparar com os acontecimentos do mundo. E, mais desafiante ainda, não se envolver. Qualquer envolvimento gera complexidade. Percebo claramente que as notícias e os fatos são como “eus feridos” de uma pessoa: são fragmentados. Os fatos acontecem por alguma razão. Em algum nível, individual ou coletivo, é uma escolha que se materializa. E sinto que a energia que emana dos acontecimentos diz muito mais do que as análises feitas por qualquer fonte ou especialista da mídia. O tom dramático da manchete e os repetitivos debates só obscurecem mais o que está nas entrelinhas. Como a mente nunca juntará todas as peças desse quebra-cabeça nem mesmo eu escolho sequer tentar, vou compreendendo que, em assuntos do mundo, é sempre mais libertador não analisar nem opinar.
(LH)
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