O makyo é maquiado. Parece belo e suave como uma música e gentil e doce como uma poesia. Mas é maquiado como "make-ups" que disfarçam olheiras e rugas. O makyo disfarça. O makyo corrige. O makyo controla. Mas o makyo não é bom, nem ruim. Limita. E quantos de nós temos makyos e mais makyos que nem percebemos?
Ser simpático para quem não gosta ou não tem familiaridade: falta de autoconfiança. Achar que precisa ter vários meios de "referências espirituais" para se manter atualizado e com uma visão mais ampla: falta de autoconfiança. Achar que as outras pessoas estão "aquém" ou “além” espiritualmente umas das outras: falta de autoconfiança (e falta de honra!).
Precisar comer isso ou aquilo, usar isso ou aquilo para se sentir mais saudável, para ser mais espiritualizado: falta de autoconfiança (a não ser que use por puro prazer). Enfim, vários são os makyos. E eu e você vivenciamos muitos deles!
O makyo só é revelado quando estamos verdadeiramente conectados conosco mesmos. Quando nos sentimos, nos percebemos, confiamos em nós mesmos. A liberação do que não funciona mais, a mudança ou flexibilização dos hábitos e dos padrões de viver são também liberações dos makyos.
E liberar os makyos não tem a intenção de ser melhor ou mais "iluminado". É para que possamos viver aqui, nesta vida na Terra, de uma forma mais leve, mais plena. Em quantas coisas acreditamos e que nos impedem de viver verdadeiramente!
Precisamos disso e daquilo ou só estarei completo se acontecer aquilo outro... Tantas e tantas condições para viver! Tudo bem, cada um pode querer manter as suas crenças e seus makyos. Mas digo para mim mesma: eu escolho liberar meus makyos. Eu escolho Viver!
*Makyo: significa algo falso, ilusório, que distrai; distração espiritual.
(Aline Bitencourt)
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