Quem não já passou pela experiência de descobrir alguma coisa de alguém ou de alguma instituição, mas resolveu ficar calado para evitar conflitos? Poderia ser até uma descoberta sem muita lógica ou fundamento, mas um radar interno traça toda a dinâmica do que está rolando. Mesmo assim, evita expressar o que poderia ir de encontro a um padrão vigente.
Não importa se sejam medos ancestrais ou experiências vividas recentemente, às vezes, ficamos com as nossas percepções presas na garganta. Tentamos deixar que o "curso natural" das coisas faça o seu trabalho. Tentamos nos convencer de que ficar fora de qualquer assunto que faça borbulhar as nossas impressões seja a melhor decisão.
Mas, ainda assim, permanecemos nos bastidores esperando, pelo menos, que se revele a "ponta do iceberg" ou que haja alguma evidência que faça alguém mais descobrir o que já percebemos e, enfim, tomar uma iniciativa por nós. Assim é mais cômodo depois apontar o dedo para os “culpados”...
Negamos para "esquecer" o que começamos a perceber? Ou simplesmente respiramos o "não importa" e percebemos as situações sob uma perspectiva mais ampla? Se temos a sensação de que estamos na contramão de alguma situação, ainda estamos nos alimentando de dramas.
(Aline Bitencourt)
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