Vejo a ventania lá fora. Observo as árvores se balançando com o vento. E me pergunto: eu posso apenas me observar, assim como eu vejo a ventania nas árvores? Eu posso apenas estar em mim sem precisar fazer algum comando com a minha mente? Eu posso estar comigo mesma sem precisar intencionar nada? Apenas respirar, assim como a ventania, que não controla nada, deixando fluir os movimentos?
É um pouco desafiante apenas parar e respirar e observar-se. Logo vem a mente tentando equilibrar, facilitar. Mas tenho vivenciado um relacionamento novo comigo mesma e isto inclui um novo relacionamento com a minha mente, com meu corpo, com minha alma. E tenho confiado em mim, me observado, nessa ventania de energias que sinto e que percorre em mim.
Nada a fazer, pois muito já está sendo feito. Só o movimento das minhas células já é tanta coisa... E a mente jamais compreenderá o quanto as coisas estão mudando a cada momento. Dentro e fora de mim.
É na observação, no "não controle", que as coisas realmente fluem. E fluem com graça e leveza. E eu escolho expressar essa facilidade tranquila ao peso dos aspectos controladores, que sempre acham que precisam fazer algo.
É quando eu me sinto, respirando serenamente, que eu posso perceber que não preciso me preocupar com o minuto seguinte, pois eu estou comigo e nada mais importa.
Observo-me em quietude e ouço a ventania soprar uma melodia que diz: Tudo está bem... Tudo está bem...
(Aline Bitencourt)
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