O desejo de explorar maneiras diferentes de viver levou a experiências intensas e a situações desafiantes. Mortes, vidas, derrotas de uns, vitórias de outros. Vitória com a sombra da culpa. Fracasso com o peso da vitimização e do abuso. Um ato impensado de um gera a dor de muitos. Mais culpa, mais vinganças, mais drama...
Foi assim que vários povos, várias famílias se uniram por séculos e séculos, alterando seus papéis entre alianças, conflitos e tragédias. Ainda hoje, alguns povos se asfixiam em seus próprios carmas.
Eles se sentem culpados e vitimizados, trazendo as marcas de suas guerras vida após vida. Eles experienciam ciclos quase intermináveis de nascimento e morte na tentativa de exterminar, de alguma maneira, as suas dores.
Mais cedo ou mais tarde, há resolução para todo o drama. O carrossel do carma se move, experiências se esclarecem...
Todos nós, de alguma forma, fazemos parte dessa dinâmica cármica. Mas podemos liberar esses ciclos, indo além das crenças sobre "certo" ou "errado", que nos aprisionam e nos asfixiam.
Podemos liberar a crença de que os outros fazem errado e nós, certo. Podemos liberar o desejo de consertar as coisas que parecem "quebradas" aos nossos olhos.
Podemos liberar o peso das nossas bagagens, da nossa história. Pois tudo que fomos, até mesmo nesta vida atual, foi apenas personagens que nos trouxeram grande sabedoria em cada experiência, não importa o que ou como as experiências aconteceram.
Assim, escolhemos sair desse carrossel cármico, liberando o peso da culpa, a dureza da crítica e passamos a viver a leveza da criatividade.
Todo e qualquer ser humano é um Criador. Por isso, é capaz de criar sua vida da maneira que escolher. Somos o que somos hoje, neste exato momento.
Ninguém é responsável pela nossa desgraça nem pela nossa glória. Tudo que vivemos é de nossa inteira responsabilidade.
(Aline Bitencourt)
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