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As Expressões dos Aspectos


Quando mudamos a maneira de agir, os aspectos fragmentados deixam de comandar a nossa vida.

Já consigo perceber, em muitos momentos, quando alguns dos meus aspectos fragmentados “pulam” e começam a se expressar em mim. Aparentemente do nada ou a partir de um simples comentário ou ação, esses aspectos começam a me “futucar”.


Então, quase instantaneamente, fico ranzinza, com mau humor, com raiva. Até posso sentir uma tensão no ar e xingo, resmungo. Quando continuo a dar vazão a esses aspectos, percebo até um exagero nas minhas palavras: “Oh, eu estou sendo explorada! Oh, como tudo é difícil!”. Até que me conscientizo: "Opa! Isso já foi longe demais!".


Quando eu paro um pouco, por alguns minutos, para estar comigo mesma, eu me percebo com clareza. Sinto meu corpo, a maneira como ele fica mais natural e relaxado, a forma como me sinto quando estou presente em mim mesma.


Assim, quando meus aspectos fragmentados se apresentam, logo percebo uma mudança em meu corpo, no ritmo da minha respiração. E, mesmo que eu permita que esses aspectos se apresentem, logo me lembro de respirar fundo, escolhendo me expressar de maneira consciente, como Eu realmente Sou.


Quase sempre quando preciso ir à padaria é assim: fico com preguiça e começo a reclamar. Meus aspectos fragmentados criam toda uma ilusão de que estou carregando o mundo nas costas. Mas, ontem, apesar de não sentir vontade de ir à padaria, queria comprar alguns ingredientes para Henrique fazer um bolo para mim. Percebi toda a dinâmica desses aspectos sendo formada. Já me sentindo cansada por causa de tantos pensamentos e reclamações, respirei com consciência.


Escolhi mudar o padrão, brincando de atuar comigo mesma. Eu me arrumei, me maquiei, coloquei uma faixa no cabelo. Os aspectos se expressam com as mesmas agendas. Assim, quando atuamos de forma diferente do habitual, podemos retomar mais facilmente a consciência sobre nós mesm@s e os aspectos fragmentados deixam de comandar a nossa vida. Isso não tem a ver com convencer, argumentar ou negá-los. É sobre atuar como um Mestre. E é libertador!


(Aline Bitencourt)



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