Há éons, nós escolhemos estar aqui neste planeta, como anjos, para dar continuidade à Criação. Viemos do "Tudo o que Era" e, por livre escolha, a partir das nossas experiências, criamos o "Tudo o que É".
Essencialmente, podemos dizer que "não somos daqui". Mas somos os pioneiros, os primeiros a dizer SIM para criar este lindo “playground” chamado Terra, onde poderíamos nos expressar como Criadores.
Num momento, nos envolvemos tão apaixonadamente pela Terra, que começamos a experimentar cada vez mais de perto a água, as rochas, o ar, todos os elementos, a ponto de, por fim, realmente experimentarmos a incorporação.
Foi uma experiência desafiante, mesmo estando tão envolvidos amorosamente por este planeta. Porque passar de anjos etéreos para sólidos corpos não é mesmo tarefa fácil.
É por isso que o nascimento, ao contrário de que muitos pensam, é um processo mais difícil do que a morte. A adaptação de anjo para humano gerou um “ponto de trauma” na consciência humana que carregamos até hoje.
Nosso corpo físico é uma ferramenta que criamos para lidar com nossas experiências neste planeta. Aqui, somos capazes de vivenciarmos profundamente a nossa Criação.
Como alguém que há muito tempo saiu de sua terra natal e passou a morar em outro lugar, passamos a ser DAQUI da Terra. Portanto, somos “seres humanos e terráqueos”. Nós escolhemos isso.
Quando negamos que somos da Terra, negamos também nosso corpo físico. E passamos a ter mais experiências em outras esferas, numa realidade etérea, do que no Aqui e Agora. Dessa maneira, somos apenas Criadores teóricos, em potencial. Não nos expressamos realmente como Criadores em ação. Os desafios das primeiras experiências de incorporação se refletem em muitos de nós, seres humanos, ainda hoje como, por exemplo, alguns problemas no corpo, algumas questões biológicas. É o nosso corpo nos dizendo que não é aceito por nós.
Habitamos dentro de um corpo, porém não vivemos. Pois não há como viver plenamente se a gente não se apaixona pela nossa humanidade como parte de TUDO o que Somos.
(Aline Bitencourt)
Comments