Hoje, quando acordei, me caiu a ficha de que não iria mais ter um dia de trabalho. Porque escolhi sair do trabalho em que estava. Surpreendentemente, nesta manhã, acordei mais cedo do que quando me esforçava para acordar, me arrumar e sair para trabalhar. Percebo que as pessoas não ficam cansadas só porque trabalham muito e dormem pouco (ou têm insônia!). O cansaço que sentem é pelo tédio da própria vida, que lhes tira a energia e o prazer de viver. É como diz o querido Kuthumi: "Vocês não têm problemas, só estão entediados!".
Essa "fadiga energética" vai se entranhando pelo corpo, pela mente... Não se vive; sobrevive-se. Então, muitas vezes, é preciso uma dose extra de drama (ou "ponta pé energético" na bunda!) para chacoalhar a vida. Mas quem já tem consciência do próprio existir, quem escolhe realmente Viver, não precisa mais desse "pontapé" ou "impulso dramático". A vida, naturalmente, flui nas veias; a vida tem cheiro de Vida. Não é preciso permanecer lutando para "vencer na vida", se a vida é simplesmente um convite para viver e não para competir. A vida pode ser leve e fácil. Assim é viver o Novo. Mas quem ainda acha que é preciso se esforçar na vida, o "Novo" parece como um precipício. E, se escolher entrar nele, não dá pra saber se tem um "colchão macio" para se amparar lá "embaixo".
Eu escolhi saltar desse precipício, mesmo não tendo 100% de certeza de como as coisas vão ficar depois (e realmente não há certezas diante do Novo). Senti uma profunda vontade de Viver. E simplesmente saltei. Mas saltar é apenas uma parte da escolha de viver o Novo. Não significa que essa atitude vai transformar a vida instantaneamente. A Nova Vida se faz de escolhas conscientes que são feitas em cada momento. Se não estamos fazendo escolhas conscientes para nossa vida, ponderando e analisando para viver o Novo ou não, chegará um momento em que um "colchão macio" se apresentará diante de nós como resultado da nossa dúvida.
E será muito atraente "se deitar" um pouco e postergar. Continuaremos fingindo para nós mesm@s, tentando nos convencer de que "a vida é assim mesmo" e não podemos mudar tanto.
Surgem situações aparentemente novas, mas apenas são os mesmos e velhos potenciais, mudando só o cenário. As concessões vêm no pacote dessas "novidades". E, quando percebemos, já estamos vivendo num emaranhado bem complicado de sair. Não precisamos esperar que alguma fatalidade ou fato novo aconteça para escolhermos por nós mesm@s, pela nossa Nova Vida. Talvez culpar alguém, o destino ou o universo seja mais cômodo... Mas viver o Novo é se responsabilizar pela própria vida. Se fizermos uma respiração profunda, podemos perceber a linha tênue entre "se aceitar e se permitir fluir na vida" e as "desculpas que protelam de viver o Novo por medo de perder algo ou alguém". Respiramos fundo um pouco mais...
E começamos a compreender que até o fato de saltar se torna irrelevante. Realmente não importa. Não precisamos nos focar nisso. Saltar, mudar, viver... Tudo é muito mais simples do que podemos imaginar.
Escolher uma Nova Vida não precisa ser uma experiência complexa e assustadora. Simplesmente respiramos a leveza e a graça de sermos os Criadores da nossa Vida. (Aline Bitencourt)
Comments