A utopia de ter um comportamento ideal alimenta a necessidade de sempre se melhorar e, consequentemente, aumenta a distância da autoaceitação e do amor por si mesmo. O ideal é almejado por quem acredita que deve agir e ser da mesma maneira que os outros. Não é original. Padroniza. Convida as pessoas a entrarem numa "caixa" e não se atreverem criativamente. Incita o medo, pois quem não segue o ideal pode ser alvo de críticas.
O ideal, como sabemos, não existe. Mas, ainda assim, insistimos em buscá-lo. Queremos o ideal quando tentamos seguir à risca um antigo e sábio ensinamento ou alguém que admiramos. Mas por que não ser originalmente nós mesm@s?
Somos seres únicos; isso também já sabemos. Porém, acreditamos nisso de maneira "não-experimentada", apenas como uma frase bonita que colocamos na porta da geladeira para sempre se lembrar. Regras, técnicas, formas... Tantos manuais para não errar. O desejo de autossuperação nos remete sempre para o futuro e não desfrutamos o presente de uma maneira original.
(Aline Bitencourt)
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