A maioria dos seres humanos foi condicionada a ter objetivos e deseja que - um dia - estes sejam alcançados. Muitos almejam ter uma carreira de sucesso e ser reconhecidos pela família e pela sociedade. Outros, considerados mais "simples", querem apenas ter saúde, ser uma pessoa de bem e espalhar bondade a todos.
Parece que essa busca incessante de alcançar objetivos passa a ser o sentido da vida. As pessoas vivem ansiosas e precisam se esforçar para correr, para continuar a seguir em frente. Contemplam uma vida melhor, mas não estão conscientes de si mesmas verdadeiramente.
Quando passamos a escolher não apenas uma vida melhor, mas uma Vida Nova, algo dentro de nós nos convida a parar um pouco. Talvez através de um incidente que acontece e que parece nos “obrigar” a parar. Ou porque, simplesmente, começamos a nos enxergar com mais franqueza, passando a ter consciência do quão obstinados estávamos sendo, mas sem grandes resultados.
Muitas vezes, nos damos a desculpa de que os objetivos que temos não são apenas para nós, mas para nossos filhos, nosso(a) companheiro(a), nosso pai, nossa mãe... O que seria motivação, mais cedo ou mais tarde, se transforma em bagagem pesada de carregar quando estamos ocupamos com tanta coisa fora de nós mesmos.
Apesar de ter escolhido liberar objetivos, metas e tantas outras coisas, eu ainda não conseguia sentir verdadeiramente a graça fazendo parte da minha vida. Eu experienciava algumas situações de maneira muito complexa, pois minha mente estava cheia de conceitos e idealizações. Mas, um dia, enquanto respirava com consciência, me permiti estar em mim, sem me preocupar com o minuto seguinte. Então, comecei a sentir a simplicidade das energias que estavam ao meu redor. E compreendi que tudo já estava me servindo graciosamente.
(Aline Bitencourt)
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