Eu poderia até dizer muita coisa ao mundo, mas não preciso dar explicações. Sei que posso parecer estranho aos outros, principalmente àqueles que têm crenças sobre “curar” ou “salvar” as pessoas.
A amizade, para mim, perdeu muito do antigo significado. Amigo não precisa vivenciar comigo nada, a não ser que ele queira. Cada um escolhe viver a própria experiência.
Observo pessoas que se dizem "conscientes", mas que se prendem a velhas identidades e ignoram que participam da dinâmica de roubo de energia. Elas estão alheias a como os aspectos têm se expressado nesses momentos de despertar tão esmagador.
Quem acredita que o “amor” deve ser barganhado, vai se debater nesses novos tempos. Quem já escolheu o reencontro com a própria alma, não vai querer mais alimentar nenhum tipo de “vítima”, muito menos dar ouvidos àqueles com argumentos “espirituais” fundamentados que evocam traumas do passado para justificar uma carência emocional.
Quando compreendemos que somos mais do que um monte de aspectos que tentam se mostrar como nossa “identidade”, passamos a não ter medo das nossas “sombras”. E não temos receio de situações e de pessoas que representam uma oportunidade de nos vermos refletidos no nosso próprio espelho.
Para cada fato, existem várias versões. E todas as experiências, por si mesmas, podem ter sua dose de integridade e de manipulação. Se não fosse assim, todos nós já estaríamos “ascensionados” e tomando chá no "Terceiro Círculo” (como diria Adamus).
Eu honro a experiência do outro, mesmo que seja uma experiência dramática. Mas isso não significa que eu precise fazer parte do drama. Eu honro a minha escolha pela vida. E quem escolhe vida, não escolhe drama.
Quando escolhemos vida, ocorre naturalmente a “seleção do despertar”. E nossa mochila fica livre do peso desnecessário nessa jornada que é, antes de tudo, uma diversão. Afinal, ninguém nos obrigou a estarmos aqui nesse planeta.
Sentir a presença do “Eu Sou” na própria vida é também vivenciar aspectos que “pulam” e que podem nos fazer tomar decisões de consequências “indesejadas”. E, se aceitamos isso em nós, podemos compreender que, da mesma forma, os aspectos dos outros também “pulam”. Quando aspectos se apresentam é porque querem retornar ao “Eu Sou”. Eles não querem continuar sendo negados.
Percebo que o ato de explicar, escrever ou mesmo partilhar com palavras passará a ser uma coisa tão “mental” ou limitada, que o divertido mesmo será interagir simplesmente com o “sentir” e o “viver”.
(LH)
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