Vivemos um momento de grandes transformações. Não há como ignorar toda a "agitação energética" que está acontecendo no nosso planeta. Todos estão sentindo que mudanças estão acontecendo, não apenas quem está ligado às ciências astrológicas, metafísica ou à espiritualidade.
Muitas pessoas até podem interpretar tudo isso como a iminência do "fim do mundo" devido a tamanhas barbaridades que ouvimos nos noticiários e que se propagam na boca do povo. Mas nada disso é realmente o "fim".
Muita coisa está vindo à tona, como se as energias estivessem borbulhando no ar, levantando as poeiras do chão e as escondidas debaixo do tapete. E parece que à proporção que começamos a ter consciência sobre nós mesmos, mais "poeira" parece vir até nós. Estamos nos organizando por dentro e isso pode trazer um "caos". Parece um paradoxo, mas não é. Velhas questões que pareciam já terem sido resolvidas estão surgindo novamente. Elas são como poeiras. Muitas vezes, são questões que, para nossa mente, nem fazem mais sentido, mas elas estão se apresentando de novo para nós. Carregam consigo velhos aspectos que estavam vagando perdidos por aí, vida após vida.
Questões que aconteceram por causa de uma palavra que não foi dita a alguém do passado. Ou por causa de um encontro que não aconteceu. Questões que aconteceram, até mesmo, com alguém que já morreu e que parecia que essa experiência tinha sido enterrada com aquela pessoa. Mas não. Tudo que estava escondido, negado ou esquecido está vindo à tona.
O primeiro impulso que a maioria de nós tem é tentar resolver essas questões que surgem. E essa é a hora de concluir os velhos ciclos. Começamos a nos sentir prontos para nos olharmos de frente e encarar essas questões. Mas, na verdade, nada é preciso ser resolvido.
Nada. Não há o que ser consertado. Não precisamos falar o que não foi dito ou tentar realizar um encontro que não aconteceu. Não precisamos voltar ao tempo para resgatar nada. Não precisamos ressuscitar os mortos.
Apenas respiramos profundamente, em quietude... E nos sentimos dentro de nós mesmos. Sem tentar perdoar, barganhar, solucionar nada. Sem palavra alguma. Simplesmente respirando e sentindo com o coração. E sentimos a compaixão verdadeira por todas as experiências que vivemos e por tudo que somos.
(Aline Bitencourt)
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